quarta-feira, janeiro 31, 2007
segunda-feira, janeiro 29, 2007
…
Ainda o sobre livro das Doorbells:
Let it be said now: THE DOORBELLS OF FLORENCE by Andrew Losowsky could easily become one of the most popular cult books of the decade.
Ainda o sobre livro das Doorbells:
Let it be said now: THE DOORBELLS OF FLORENCE by Andrew Losowsky could easily become one of the most popular cult books of the decade.
…
SIM.
Rita Barata Silvério, no Rititi.com:
Quando em 1998 Portugal preferiu ir para a praia, ficar em casa, dar banho ao cão ou visitar a sogra deixou bem claro que se há um lugar onde ninguém se quer meter é no útero de uma mulher. Votar em nome dele, dar voz a um destino que só compete a quem o traz de fábrica não cabe na cabeça de pessoa crescida, a não ser, claro, na dos senhores que habitam na nossa Assembleia da República. Eles, sempre tão comprometidos para a capa do jornal com o «Portugal real», foram incapazes na altura de deixar de penalizar mulheres que estão dispostas a arriscar a reputação, a vida ou o cadastro, num acto que não distingue classes sociais, consciência religiosa ou estabilidade familiar.
Pedro Lomba, no DN, via Origem das Espécies:
"Vou votar "sim" no referendo porque tenho as minhas razões, mesmo não estando preparado para, com segurança, arremessá-las contra as razões de quem defende o "não". Não tenho argumentos nos quais confie em absoluto. Sou por um "sim" relativista e compromissório. Voto "sim" por um motivo legível: numa controvérsia tão difícil e irresolúvel como a do aborto, o "sim" alarga as nossas possibilidades de resposta aos problemas que o aborto coloca, o "não" fecha essas possibilidades. O "sim" permite-nos evitar as consequências nocivas da aplicação desta lei, conservando o princípio de que o aborto é crime para além das dez semanas. O "sim" permite-nos defender que, sem punição penal para as mulheres que abortem até às dez semanas, o Estado não pode deixar de desmotivar o recurso ao aborto através de centros de aconselhamento e de outros mecanismos de informação e defesa da vida. Vou votar "sim" porque acredito nestes compromissos, porque é no "sim" que encontro maior capacidade para acomodar perspectivas diferentes e combater o arrastamento do problema. Não são razões que me deixem inteiramente confortável. Mas são razões que me fazem pensar que, neste momento, neste Portugal de 2007, o "sim" é a escolha mais desejável."
e
Por quem trata as pessoas como pessoas.
Porque tudo isto é demasiado íntimo, demasiado doloroso e as vidas têm muitas sortes.
SIM.
Rita Barata Silvério, no Rititi.com:
Quando em 1998 Portugal preferiu ir para a praia, ficar em casa, dar banho ao cão ou visitar a sogra deixou bem claro que se há um lugar onde ninguém se quer meter é no útero de uma mulher. Votar em nome dele, dar voz a um destino que só compete a quem o traz de fábrica não cabe na cabeça de pessoa crescida, a não ser, claro, na dos senhores que habitam na nossa Assembleia da República. Eles, sempre tão comprometidos para a capa do jornal com o «Portugal real», foram incapazes na altura de deixar de penalizar mulheres que estão dispostas a arriscar a reputação, a vida ou o cadastro, num acto que não distingue classes sociais, consciência religiosa ou estabilidade familiar.
Pedro Lomba, no DN, via Origem das Espécies:
"Vou votar "sim" no referendo porque tenho as minhas razões, mesmo não estando preparado para, com segurança, arremessá-las contra as razões de quem defende o "não". Não tenho argumentos nos quais confie em absoluto. Sou por um "sim" relativista e compromissório. Voto "sim" por um motivo legível: numa controvérsia tão difícil e irresolúvel como a do aborto, o "sim" alarga as nossas possibilidades de resposta aos problemas que o aborto coloca, o "não" fecha essas possibilidades. O "sim" permite-nos evitar as consequências nocivas da aplicação desta lei, conservando o princípio de que o aborto é crime para além das dez semanas. O "sim" permite-nos defender que, sem punição penal para as mulheres que abortem até às dez semanas, o Estado não pode deixar de desmotivar o recurso ao aborto através de centros de aconselhamento e de outros mecanismos de informação e defesa da vida. Vou votar "sim" porque acredito nestes compromissos, porque é no "sim" que encontro maior capacidade para acomodar perspectivas diferentes e combater o arrastamento do problema. Não são razões que me deixem inteiramente confortável. Mas são razões que me fazem pensar que, neste momento, neste Portugal de 2007, o "sim" é a escolha mais desejável."
e
Por quem trata as pessoas como pessoas.
Porque tudo isto é demasiado íntimo, demasiado doloroso e as vidas têm muitas sortes.
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Se eu pensasse no trabalho que ainda tenho para acabar, em vez de tentar calcular se 3 horas de escala, me dão para ir ao centro de Montevideo beber uma Pilsen e voltar, seria uma bela ajuda para o acabar.
Se eu pensasse no trabalho que ainda tenho para acabar, em vez de tentar calcular se 3 horas de escala, me dão para ir ao centro de Montevideo beber uma Pilsen e voltar, seria uma bela ajuda para o acabar.
quarta-feira, janeiro 24, 2007
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Tenho um amigo mineiro (as in Belo Horizonte), quase doutor em vidjeogaime, que, de França, reporta assim:
"Pronto. A partir de hoje estamos em 5°C ou menos. Fim de semana Natal. Natal é complicado e mesmo longe da familia continua a ser um apice da pressao social na sua forma mais incomoda: a culpa e a comunicaçao. A palavra chave para um merry christmas é Diplomacia. E isso é o tipo da coisa, ou vc é o Lula e faz tudo errado, nao importa quantos acessores contrate ou vc é o Churchill e tira de letra mesmo bebado."
Tenho um amigo mineiro (as in Belo Horizonte), quase doutor em vidjeogaime, que, de França, reporta assim:
"Pronto. A partir de hoje estamos em 5°C ou menos. Fim de semana Natal. Natal é complicado e mesmo longe da familia continua a ser um apice da pressao social na sua forma mais incomoda: a culpa e a comunicaçao. A palavra chave para um merry christmas é Diplomacia. E isso é o tipo da coisa, ou vc é o Lula e faz tudo errado, nao importa quantos acessores contrate ou vc é o Churchill e tira de letra mesmo bebado."
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Parabéns ao Linha do Norte. Viagem que fiz e refiz durante um ano, pela mão da boa gente que a escreve. Tenho, ainda, em dívida: vinhos, cañas, cds de fotos, beijos e abraços.
Parabéns ao Linha do Norte. Viagem que fiz e refiz durante um ano, pela mão da boa gente que a escreve. Tenho, ainda, em dívida: vinhos, cañas, cds de fotos, beijos e abraços.
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Queridíssimos: obrigado, obrigado, mil gracias! Pelos olés, pelos agradecimentos, pelos detalhes que me deixam sem palavras. Obrigado, hoje e especialmente, a vocês, por me fazerem vosso.
Queridíssimos: obrigado, obrigado, mil gracias! Pelos olés, pelos agradecimentos, pelos detalhes que me deixam sem palavras. Obrigado, hoje e especialmente, a vocês, por me fazerem vosso.
sexta-feira, janeiro 19, 2007
…
Inspirado pelo incontornável Andrew Losowsky.
Este ano foi o meu low, em termos de voos tomados. Voei 17 vezes, contrariando a média, de 29, dos anteriores cinco.
O voo mais longo: Porto-Dublin (Ryanair)
O mais curto: Porto-Lisboa (Portugália)
O mais atrasado (3 horas) : Lisboa-Barcelona (Vueling, retido pela neve nas duas cidades)
Melhor experiência: estrear o novo terminal de Madrid, às oito da manhã, ainda com cheiro a Ikea, com jornais, ipod e café.
Pior experiência: Tentar tomar café, de manhã, no novo aeroporto do Porto. Que pena que só mudou o edifício.
Marquei um voo e ofereceram-me outro, que não tomei.
Pela primeira vez desde 2000, não atravessei nenhum oceano.
Voei, este ano, numa companhia irlandesa, em 3 espanholas e numa portuguesa.
Acabo de me aperceber que voei mais de 200 vezes, nos últimos dez anos. Desses voos, 10% foram transoceânicos ou continentais.
Passei, aproximadamente, uma mês da minha vida em aeroportos (contei 80!).
Voei em quase cinquenta companhias (aéreas) diferentes. Dinamarquesas, italianas, caboverdeanas, vietnamitas, australianas, turcas, alemãs ou argentinas. Algumas faliram (Vasp, Air Luxor, Ladeco, Dinar, Lapa, SW… lembram-se?), outras fundiram-se, outras continuam a oferecer-me pontos.
Vi girassóis e fui ao cinema no aeroporto de Singapura; fui evacuado (vulcões, cólera e coisas que tal) do aeroporto de Maumere, na ilha de Flores, na Indonésia; cheguei ao Rio com um pé chinelado e outro descalço; joguei futebol em Guarulhos; provei vinho em Santiago do Chile; escolhi pensão no Mataveri, da Ilha de Páscoa; gritei, ainda salgado, um golo do Porto, no Faial e despedi-me para ir para uma volta ao mundo, no velhinho Aeroporto Sá Carneiro.
Viajei em Boeing 717, 737, 747, 757, 767 e 777; em Airbus 310, 319, 320, 321 e 340; em MD 82, 83, 87 e 88; em Cessnas com buracos, Embraers minúsculos, em clássicos como o DC-10 e em teco-tecos de bancos de lona.
Paguei bagagem extra; perderam-me reservas, malas e bilhetes; passei por médico, argentino e brasileiro a fazer check-in e comprei revistas, jornais, livros e cafés em aeroportos de cinco continentes.
Pronto assim de repente… é isto.
Para mais, emissões poluentes e afins… aqui.
Inspirado pelo incontornável Andrew Losowsky.
Este ano foi o meu low, em termos de voos tomados. Voei 17 vezes, contrariando a média, de 29, dos anteriores cinco.
O voo mais longo: Porto-Dublin (Ryanair)
O mais curto: Porto-Lisboa (Portugália)
O mais atrasado (3 horas) : Lisboa-Barcelona (Vueling, retido pela neve nas duas cidades)
Melhor experiência: estrear o novo terminal de Madrid, às oito da manhã, ainda com cheiro a Ikea, com jornais, ipod e café.
Pior experiência: Tentar tomar café, de manhã, no novo aeroporto do Porto. Que pena que só mudou o edifício.
Marquei um voo e ofereceram-me outro, que não tomei.
Pela primeira vez desde 2000, não atravessei nenhum oceano.
Voei, este ano, numa companhia irlandesa, em 3 espanholas e numa portuguesa.
Acabo de me aperceber que voei mais de 200 vezes, nos últimos dez anos. Desses voos, 10% foram transoceânicos ou continentais.
Passei, aproximadamente, uma mês da minha vida em aeroportos (contei 80!).
Voei em quase cinquenta companhias (aéreas) diferentes. Dinamarquesas, italianas, caboverdeanas, vietnamitas, australianas, turcas, alemãs ou argentinas. Algumas faliram (Vasp, Air Luxor, Ladeco, Dinar, Lapa, SW… lembram-se?), outras fundiram-se, outras continuam a oferecer-me pontos.
Vi girassóis e fui ao cinema no aeroporto de Singapura; fui evacuado (vulcões, cólera e coisas que tal) do aeroporto de Maumere, na ilha de Flores, na Indonésia; cheguei ao Rio com um pé chinelado e outro descalço; joguei futebol em Guarulhos; provei vinho em Santiago do Chile; escolhi pensão no Mataveri, da Ilha de Páscoa; gritei, ainda salgado, um golo do Porto, no Faial e despedi-me para ir para uma volta ao mundo, no velhinho Aeroporto Sá Carneiro.
Viajei em Boeing 717, 737, 747, 757, 767 e 777; em Airbus 310, 319, 320, 321 e 340; em MD 82, 83, 87 e 88; em Cessnas com buracos, Embraers minúsculos, em clássicos como o DC-10 e em teco-tecos de bancos de lona.
Paguei bagagem extra; perderam-me reservas, malas e bilhetes; passei por médico, argentino e brasileiro a fazer check-in e comprei revistas, jornais, livros e cafés em aeroportos de cinco continentes.
Pronto assim de repente… é isto.
Para mais, emissões poluentes e afins… aqui.
quinta-feira, janeiro 18, 2007
…
Ah e SIM, voto SIM, no referendo sobre a liberdade de escolha entre o péssimo e o mau.
Quanto à TLEBS, desconfio sempre, quando se tenta arranjar problemas para as soluções. Num país onde o meu pai, antes de ser universitário, andou no 5°ano do liceu (?!?), a minha Escola Preparatória é uma EB 2/3 depois de ter sido uma C+S, era excusado complicar. Bom, bom é que as pessoas escrevessem bem, soubessem ler e não houvesse rodapés de telejornais com erros ou comentadores desportivos a dizerem "houveram" ou "derivado de".
De resto, tudo bem, gracias.
Ah e SIM, voto SIM, no referendo sobre a liberdade de escolha entre o péssimo e o mau.
Quanto à TLEBS, desconfio sempre, quando se tenta arranjar problemas para as soluções. Num país onde o meu pai, antes de ser universitário, andou no 5°ano do liceu (?!?), a minha Escola Preparatória é uma EB 2/3 depois de ter sido uma C+S, era excusado complicar. Bom, bom é que as pessoas escrevessem bem, soubessem ler e não houvesse rodapés de telejornais com erros ou comentadores desportivos a dizerem "houveram" ou "derivado de".
De resto, tudo bem, gracias.
Etiquetas: Coisas
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Timothy Garton Ash, no Guardian, sobre liberdade de expressão e o estado paternalista.
And while we're on the subject of the swastika, Hindus across Europe are protesting against the proposed ban, on the grounds that for them the swastika is an ancient symbol of peace. Meanwhile, the German legal authorities have got themselves into a ridiculous tangle because a court in Stuttgart has convicted the manager of a mail-order company for selling T-shirts showing crossed-out and crushed swastikas.
(…)
It speaks in the name of freedom but does not trust people to exercise freedom responsibly. Citizens are to be treated as children, guided and guarded at every turn.
Timothy Garton Ash, no Guardian, sobre liberdade de expressão e o estado paternalista.
And while we're on the subject of the swastika, Hindus across Europe are protesting against the proposed ban, on the grounds that for them the swastika is an ancient symbol of peace. Meanwhile, the German legal authorities have got themselves into a ridiculous tangle because a court in Stuttgart has convicted the manager of a mail-order company for selling T-shirts showing crossed-out and crushed swastikas.
(…)
It speaks in the name of freedom but does not trust people to exercise freedom responsibly. Citizens are to be treated as children, guided and guarded at every turn.