segunda-feira, junho 13, 2005

...

A noite, levou também o corpo, do poeta que melhor o descreveu.
Morreu o meu poeta favorito. Ficam as palavras que eram todas dele.
Digam-nas, leiam-nas e levem-lhe flores, beijos e voltem a lê-las, mais uma vez.

Nunca estivemos tão perto de ser música
Como quando a boca de um quase beijava
A alegria que na boca de outro
Começava a ser desejo de ser beijada


...

A mão
que levei à boca
interminavelmente fresca
é outra vez a casa
onde a palavra acaba de nascer
e o verão