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Duas pérolas, ambas de Júlio Machado Vaz no seu Murcon:
Duas pérolas, ambas de Júlio Machado Vaz no seu Murcon:
A Antena 1 decidiu não pôr no ar O Amor É... de Domingo passado. Sem me dar qualquer explicação ou - bem mais importante! - aos ouvintes. O resultado aí está: fui inundado por mails a protestar, alguns falando em eventual censura, outros a verberar o ridículo da atitude. Trata-se de um episódio triste e surpreendente, devo confessar. Até por traduzir uma ideia "medieval" sobre os católicos: alguém acredita que se sentiriam chocados por eu abordar "as mentiras no amor" no dia seguinte à morte do Papa? Ou será que o programa nem sequer foi ouvido e se lhe receou o estilo, habitualmente descontraído? O mesmo programa será emitido no próximo Domingo. E, ao contrário do habitual, tenciono ouvi-lo. Para tentar perceber o que disse de herético, que gargalhada traduzia falta de respeito, quantas pessoas - católicas ou não... - ofendi.Perdoem a frase num agnóstico - Por amor de Deus!
(...)Quando era adolescente, a minha Mãe decretou que uma camisa já a envergonhava a ela e não a mim, de tão encardida. Fiz ouvidos de mercador. E um dia cheguei a casa e a camisa desaparecera, como um cão que se envia para o abate misericordioso. Ainda me lembro do espanto de minha Mãe perante os olhos rasos de lágrimas do rebento. Talvez amemos nas coisas - e nos animais... - a "permanência" que nenhum ser humano autónomo, mesmo que nos ame, pode ou deve prometer(...)
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