quinta-feira, novembro 11, 2004

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Foi hoje anunciada a morte de Arafat. Insisto que morre, aparentemente, só metade do problema. Se foi um homem que lutou, pela causa palestiniana durante anos e em condições difíceis. Foi também alguém que não soube nos últimos quinze anos, sair do poder e fazer a paz. Oslo e Camp David foram duas oportunidades perdidas. Muitos mortos depois, paradoxalmente, se a paz fôr possível, Israel terá hoje a posição mais forte que alguma vez teve. Parte do caminho que levou Sharon ao poder, foi feito pelo medo ao terrorismo que Arafat protegeu, nestes últimos anos. Sharon é um criminoso de guerra (ainda que eleito pelo povo) e jogou melhor, nos últimos anos, o jogo sujo favorito dos dois. Insisto que Ghandi e Mandela foram dois líderes à parte. Infelizmente, Arafat não ficará na fotografia ao lado deles. Espera-se agora que a Palestina possa ser um país, pacífico e, se possível, democrático.