terça-feira, julho 27, 2004

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Há uns meses no EP[S], suplemento dominical do jornal El País, li uma entrevista do Comandante das forças de paz da ONU no Ruanda, durante as limpezas étnicas de 1994. O senhor, canadiano, fala de horrores inimagináveis, da complacência das Nações Unidas, dos seus carros com ar condicionado, dos cocktails intermináveis, seja em Kigali ou em Genebra, das missões de paz S.A. ou da inutilidade do seu comando no terreno. Foi há dez anos. A semana passada descobri um guia Lonely Planet sobre a África Oriental. O Ruanda é agora um lugar turístico como outro qualquer destino para mochileiros.
Portanto só há que esperar e daqui a meia dúzia de anos, vamos todos, de mochila, para o Sudão.
Vergonha, imensa vergonha.