sábado, julho 30, 2005

sexta-feira, julho 29, 2005

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BIG 30

Meus queridos,

nasci grande e pesado, à hora de almoço no fim de Julho.
Aos 6 anos já tinha tido quase todas as doenças, da lista das urgências de pediatria, pele plástica no sobrolho, botas ortopédicas, negras nas canelas, visitas do meu Pai à direcção da escola, aprendido a nadar e uma irmã pequena. Linda.
Depois vieram mais negras, o Era uma vez um homem, os cromos do Dartacão, Conan o rapaz do futuro, as casas novas, o basket e a natação.

A partir dos 9, os singles dos Duran Duran e dos Wham, comprados na praça Velasquez, a bicicleta de corrida, mais visitas ao conselho directivo, mergulhos em Caminha e no Algarve, o Porto campeão europeu, os beijos na boca, o cabelo rockabilly, The Smiths, o Lloyd Cole e os melhores amigos do mundo feitos no Verão.

Aos 15, as All Stars, a Mach 7-7, querer ser como o Mike Stewart e como o Tony Hawk, os Pixies e os Nirvana, as novidades para o corpo, cabeça e coração, o leitor de CD, a mania que era baterista, mais uma casa nova, a fotografia, Portugal de mochila às costas, Verões míticos, Lisboa à noite e à chuva, os desenhos e as colagens a sério.

Aos 18 a faculdade que passou num suspiro, o primeiro inter-rail, as festas, mais amigos, os empregos e os biscates, descobrir que se pode namorar mais de 3 meses seguidos, a primeira ida ao Brasil, mais empregos, as conferências e as fanzines, os Açores dos amigos, mais Brasil amazônico, o meu proprio estúdio, a urgência de sair do Porto e descobrir outro lugar.

Aos 24, a ida para Barcelona, a vida nova, os melhores flatmates do mundo, namorar em castelhano das pampas, beber cañas ao atardecer, ainda salgado do Mediterrâneo, o segundo inter-rail, a viagem surpresa para a Argentina, empregos novos, aprender a chamar casa a outro lugar, mais Argentina que sabe quase a casa, Chile, Uruguay e fechar um ciclo em barna.

Parar para pensar e decidir, numa tarde, dar a volta ao mundo. 7 meses a viajar, descobrir o impensável e aprender a gostar dele, os amigos que se encontram mais do que se fazem, os amores e as cabanas, os ossos amassados e os pés esburacados, os desertos, glaciares, arrozais, cidades loucas e mares azuis azuis. O regresso que soube bem.
Repensar a vida, descobrir pessoas especiais, trabalhar aqui e ali... sempre mais ali. O mimo que de quem aqui ficou e aqui me vai segurando.
Isto e muito mais coisas e pessoas foram a minha curta existência.
Faço hoje 30 anos. A todos os que me surpreendem, me cuidam, me massacram e me continuam a fazer sorrir, obrigado, tem sido uma linda viagem. Só isso.


Um beijo grande e um imenso abraço,

Nuno

quinta-feira, julho 28, 2005

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A Love Supreme, Remix:

Há 25 anos, a minha irmã estragou-nos as férias em Caminha e fez-nos vir, a correr, para a Maternidade. Há 25 anos, a minha irmã lembrou-se de nascer na véspera dos meus anos e estragar-me a festa.
Há 25 anos que tudo isto vale a pena.
Parabéns princesinha e continua a brilhar.
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Duas pérolas dos antípodas, a pedidos de várias famílias e agregados individuais...

Rosemount Diamond Shiraz 2003

Cloudy Bay Sauvignon Blanc 2002

segunda-feira, julho 25, 2005

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Bons mergulhos diz-me o meu amigo, do outro lado dos Pirinéus. E se as ondas de Leça abriram o fim de semana, os saltos do paredão do Molhe, fecharam-no em beleza. Assim, como deve ser.
Bons mergulhos para ti também, mee oul Soul Mate.

quinta-feira, julho 21, 2005

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Parabéns ao Rui Curado da Silva, por dois anos de Klepsydra.
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It's not about what we have been in the past or what we want to be in the future. It's the ride.

Obrigado aos meus amigos, por a fazerem mais divertida, sentida e surpreendente que alguma vez poderia ter imaginado. Obrigado e um abraço.

quarta-feira, julho 20, 2005

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O John que é um bom amigo, irlandês de pais, argentino de nascimento, alma e bandeira do Boca Juniors, abriu um restaurante em Londres. Estive com ele e com a sua família em Fevereiro, tinha a coisa arrancado há pouco. Meses depois leio isto, e sorrio. Good things happen to good people ou como ele diz "Si bien siempre me sonrió (la suerte), recién ahora se empezó a lavar los dientes".
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Notas de Paris (em Lisboa)
Não quero ser demasiado optimista, mas é tanta a miúda gira que se vê por aí que há certa probabilidade de que você, caro leitor, seja uma delas.


Do A Praia.
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Atardeceres míticos:

No Porto, na Cantareira, num dia como ontem.
No Porto de Buenos Aires, no Outono, de choripán na mão.
No topo de um dos templos de Angkor, no Cambodja.
Na Barceloneta, em Barcelona, depois de um belo domingo, com uma clara na mesa.
Na praia de Santa Margarida, na Ilha do Sal, à espera que o atum chegue das brasas.

terça-feira, julho 19, 2005

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Vanessa Fernandes, bi-campeã europeia de triatlo sub-23.

Diana Gomes ganha duas medalhas de ouro e uma de bronze, nos Europeus de Natação de Júniores. Portugal ganha, na totalidade, 8 medalhas.

É bonito sim senhor. Mais ainda, quando os medalhados falam na primeira pessoa, gostam do que fazem, têm piada e acham que as medalhas são de todos.
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Há um ano escrevia:

Hoje o meu Pai faz a bonita idade de 57 anos. Parabéns Pai e obrigado por nunca me deixares nenhuma pergunta sem resposta, por seres molhe, porto e farol desta tempestade.

Acrescento, um ano depois: por me continuares a fazer rir, me deixares orgulhoso e me lembrares que mundo não acaba aqui. Um beijo.

segunda-feira, julho 18, 2005

sexta-feira, julho 15, 2005

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Alto Palermo III

Ela (esbaforida, de manhã, a sair para o trabalho ) - Chau mi amor, nos vemos al mediodia? Pasás en en estudio? Si? Bueno, te dejo. Estoy super retrasada.
Ele (a dormir)-Si, si... óbvio que si. Te quiero igual.


(duas horas depois para ela, um instante para ele)

Ela - (a entrar no quarto tipo camião, carregada de sacos e sacos de compras) - Hola...!
Ele - Que pasó? Se te olvidó algo?
Ela - No... es que iba en el colectivo y miré que hoy era el primer dia de las rebajas... y bueno, viste, me hice unas compritas!

quinta-feira, julho 14, 2005

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Tem pouca piada, quando um voo directo Porto-Barcelona, custa mais do triplo que o seu congénere de Lisboa. Muito pouca piada.
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Ontem, a passar a pé pela rotunda da Boavista vejo uma paragem de autocarro, com fila dos dois lados. Cada grupo vai olhando, desconfiado, para o oposto. Isto da Grande Reeducação promete.

quarta-feira, julho 13, 2005

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Mais isto... para lamentar e pensar bem, disso dos caldos de cultura para o terrorismo.

terça-feira, julho 12, 2005

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Falou-se pouco, principalmente os "intelectuais de costume", da extinção do Ballet Gulbenkian. Foi tudo mau: os motivos, a forma e o que se perdeu... já.
E não, a Gulbenkian não é "só" uma instituição privada. É história viva e um pilar da cultura na sociedade portuguesa.
Mas melhor do que eu disse-o a Miss Spring:

Requiem for a Ballet
Sabiam que o Ballet Gulbenkian vai acabar?
Pois, eu nao.
Soube agora mesmo, ao passear pelos dias maiores
E sinto-me vazia, pesada, impotente.
Como uma bailarina que nao pode dancar mais.
E triste, triste, triste.
Pelo pais. Pela (in)cultura. Por uma fundacao que (nos) desilude sempre mais. Por sentir que a esperanca, palavra e emocao tao lusitana, me abandona levemente, aos pedacinhos, e se vai embora, de cabeca baixa e envergonhada da sua propria impotencia como sentimento sonhador

segunda-feira, julho 11, 2005

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Estas noites de Verão andam, irresistivelmente perfeitas.

domingo, julho 10, 2005

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Parabéns ao Ivan, por 2 anos de inspiradores ecrãs na blogosfera. A Praia é o nome de blog que eu gostaria de ter.

Um muito, muito obrigado ao Francisco e um imenso abraço.

sexta-feira, julho 08, 2005

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What the fuck do you think you're doing?
This is London. We've dealt with your sort before. You don't try and pull this on us.
Do you have any idea how many times our city has been attacked? Whatever you're trying to do, it's not going to work.
All you've done is end some of our lives, and ruin some more. How is that going to help you? You don't get rewarded for this kind of crap.
And if, as your MO indicates, you're an al-Qaeda group, then you're out of your tiny minds.
Because if this is a message to Tony Blair, we've got news for you. We don't much like our government ourselves, or what they do in our name. But, listen very clearly. We'll deal with that ourselves. We're London, and we've got our own way of doing things, and it doesn't involve tossing bombs around where innocent people are going about their lives.
And that's because we're better than you. Everyone is better than you. Our city works. We rather like it. And we're going to go about our lives. We're going to take care of the lives you ruined. And then we're going to work. And we're going down the pub.
So you can pack up your bombs, put them in your arseholes, and get the fuck out of our city.


Via Miss Spring

quinta-feira, julho 07, 2005

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My heart is now in London and it's a sad, sad one.

quarta-feira, julho 06, 2005

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Alto Palermo II

Do filme: No Sos Vos, Soy Yo!

Amigo (tentando ajudar)- Y el sexo... como era?
Amigo (abandonado e desesperado)- Ultimamente era... como Colónia (del Sacramento). Está ahi, pero no vás nunca
!
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O Lucho já chegou, treinou e gostou. De Avellaneda, a caminho da zona Sul, do Grande Buenos Aires, vem outra bomba. A coisa promete!
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De passagem pela casa paterna folheio a revista, enviada por correio, da autarquia da minha cidade. À medida que vou lendo, o que parecia uma coincidência vai-se tornando uma evidência: o presidente faz, faz, faz e "os maus da oposição" só estragam e bloqueiam. Ele é túneis, Programas de reabilitação, Grandes Prémios (considerados importantíssimos por gente "insuspeita", como o seu organizador...), inauguração de equipamentos e pousadas à beira-rio que farão do Porto um pólo turístico. O apogeu da falta de decoro, chega com a lista dos presidentes da autarquia, depois do 25 de Abril. Aos de cores partidárias "amigas", louvores e méritos que nunca conheci, aos outros, detalhes pouco relevantes e intervenções de pouca monta.
É mau por todas as razões: por ser uma publicação paga com dinheiros públicos, pela bajulação barata, própria de outros regimes e pela inutilidade da mesma. Mas o povo é soberano, e, assim sendo, terá o que merece.
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No Porto. Saudades, Mar e um belo vento por agora. E sim, é bom voltar. Claro que é.

segunda-feira, julho 04, 2005

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Morreu um dos meus heróis de sempre: Emídio Guerreiro.
Quando eu era pequeno, queria ter sido voluntário na guerra civil espanhola, resistente na II Guerra e, democrata, em pleno, depois do 25 de Abril. Agora que sou quase grande, ainda quero.
Mais, sobre este homem imenso, quando tenha mais tempo. Porque imagino que na próxima semana, a dignidade nao estará fora de estaçao,


Em Barcelona, casa fora de casa, por uns dias. Os amigos, o trabalho, o calorrrr, a praia, las claras, esta luz incrível e os amigos, sempre os amigos. É incrivelmente bom voltar, nem que seja por uns dias. Mítico.