terça-feira, maio 31, 2005

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Isto é história: o último dos segredos, do caso Watergate, foi hoje revelado.
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Oh, hoje mandaram-me isto, do meu quarto em Bangkok. E agora quem é consegue trabalhar?

sexta-feira, maio 27, 2005

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Hoje conferência com Nick Bell, na ESAD, às 15.00. A não perder.

quinta-feira, maio 26, 2005

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Há um ano estava em Gelsenkirchen prestes a ter um momento de incrível felicidade. A todos obrigado e um abraço.

quarta-feira, maio 25, 2005

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Em 1991, durante a Operação Salomão, 1086 judeus etíopes foram evacuados da Etiópia à bordo de um Boeing 747 da companhia EL AL. Curiosamente, houve um parto a bordo, e um total de 1087 imigrantes chegaram a Tel Aviv neste vôo histórico.
Fonte, Jetsite.
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Perto do Evereste, João Garcia, outro português diferente, atingiu o 4º cume mais alto do Mundo, o Lhotse, (8516m). Foi o 6º cume, entre os 14 mais altos do mundo, que o alpinista tem escalado nos últimos anos. Fá-lo por gosto. O meu sorriso aparecerá, quando algum noticiário ou jornal desportivo abrir com esta notícia.
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Ainda a minha querida Argentina que hoje celebra os 195 anos, da formação do governo pátrio.
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Um helicóptero aterrou (e voltou a descolar!) do cimo do Everest. Mítico.
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Eu sou portista, doente, assumido e exclusivo. Tenho, ainda assim, uma pequena debilidade pelo C. A. Banfield da Argentina. Este clube de bairro do Sul da capital, está nos quartos de final da Taça Libertadores da América, na primeira vez que joga na dita competição! Aguante pibes!

terça-feira, maio 24, 2005

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Expressão do dia:

Ah, eu sou do tempo em que a TAP comprava jumbos a pronto!

segunda-feira, maio 23, 2005

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Poucas coisas são boas como cozinhar. Todo o ritual de inventar coisas novas a partir de outras coisas. Umas vezes mais puxadas, outras com mais calma. Para os amigos, claro.

*Ah... e uma boa faca, mítico.
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Em Barcelona, no Carrer Diputació, rebentou uma conduta de água que provocou um jacto contínuo de 4 andares de altura. Foi um lindo cenário, com o Sol a bater. Mais aqui... se ainda estiver activo.
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Pronto. A minha equipa perdeu o campeonato. Mas foi por uma boa causa. Agora, já se sabe, o PIB subirá, o défice será uma anedota quando chegarmos ao defeso, a famosa "auto-estima" rebentará com a escala, as pessoas sairão para a rua com um sorriso na cara, teremos as melhores hortaliças da Europa e Angola será outra vez nossa! Ou se calhar não. Mas que teremos uns meses de delírio parolo-patriota, ai isso teremos

sexta-feira, maio 20, 2005

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O mítico Norman Mailer, dissertando sobre Jean Paul Sartre, cortesia do caríssimo Ben.


All the same, Sartre’s philosophical talents were damnably virtuoso. He was able to function with precision in the upper echelons of every logical structure he set up. If only he had not been an existentialist! For an existentialist who does not believe in some kind of Other is equal to an engineer who designs an automobile that requires no driver and accepts no passengers. If existentialism is to flourish (that is, develop through a series of new philosophers building on earlier premises), it needs a God who is no more confident of the end than we are; a God who is an artist, not a law-giver; a God who suffers the uncertainties of existence; a God who lives without any of the pre-arranged guarantees that sit like an incubus upon formal theology with its flatulent, self-serving assumption of a Being who is All-Good and All-Powerful. What a gargantuan oxymoron—All-Good and All-Powerful. It is certain to maroon any and all formal theologians who would like to explain an earthquake. Before the wrath of a tsunami, they can only break wind. The notion of an existential God, a Creator who may have been doing His or Her artistic best, but could still have been remiss in designing the tectonic plates, is not within their scope.

quinta-feira, maio 19, 2005



Ninguém sabe quem é o homem que apareceu a vaguear numa rua do pequeno porto de Sheerness, na ilha de Sheppey. Os jornais dizem que tem entre 20 e 30 anos, que é mudo, que é alto e magro e que tem um olhar melancólico e assustado. Que, colocado diante de um piano, se revelou um virtuoso daquele instrumento, embora possuidor de um repertório limitado. É possível imaginar que tenha tocado, de memória, passagens inteiras do “Prometheus” de Alexander Scriabin, os dedos enlouquecidos voejando sobre as teclas, os olhos subitamente esquecidos da melancolia e do medo, totalmente concentrados no piano e só no piano. Os jornais dizem ainda que o homem a que chamaram Piano Man apontou para uma bandeira sueca e que, por isso, se pensou que fosse Martin Sturfält, 26 anos, intérprete de música clássica que teria viajado para Londres a fim de estudar. Mostrado na televisão, foi identificado por um mimo polaco que trabalha nas ruas de Roma, o qual garantiu que o mudo é Steven Massone, pianista e vagabundo das ruas de Nice. Para além destas duas possíveis identidades, o Piano Man pode ser qualquer pessoa desaparecida em qualquer canto do mundo. O Piano Man pode ser apenas um homem que não quer ser recordado, ou que quis esquecer-se da vida. Ou apenas um homem que gosta de passear calado pelas bordas dos cais e dos rios, contemplando as águas com olhos melacólicos. Seja Martin ou Steven, Carlos ou Vincent, Lucas ou Mateus, Pablo ou Gianfranco, creio que ele é apenas um anjo.

Manuel Jorge Marmelo, no Nariz de Ferro.
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A Miss Rititi aka Ser Fabulosa é Fodido, lançou o seu manual de vivência para beldades que comem montaditos de jamón e pedem cañas aos gritos. E Lançou muito bem. Imperdível.

quarta-feira, maio 18, 2005

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Mais do que a histeria desatada pela mama-ao-vento, de Sophie Marceau, o que foi bonito de ver foi a sua expressão logo a seguir. Aquela reacção entre a vergonha e o riso foi... perfeita.
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Dance, Dance, Dance... to the radio...
Ian Curtis... decidiu deixar de dançar há 25 anos, hoje.
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Acabo de descobrir que tenho um comportamento de uma pessoa de 21 anos; que se fosse um Jedi era o Mace Windu. e que se fosse um país era a Tailândia. E agora?
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Morreu o ex-jogador de futebol João Manuel, vítima de esclerose múltipla. Este profissional exemplar, ainda alinhou em duas partidas desta época, pelo Moreirense, tendo a o seu estado degenerado rápida e fatalmente. Nunca foi um jogador vistoso, mas é pacífico entre colegas e adeptos que era um tipo leal e correcto. A mim impressionou-me, aquando da homenagem que lhe fizeram em Coimbra, a coragem e a paz de espírito que emanou. Para mim foi um lição que me ficou. Oxalá um dia, possa deixar uma memória assim em alguém.
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Hoje 18 de Maio, pelas 18h, o Café Concerto Rivoli vaiacolher o evento “Encontros Reinventar a Cidade- As IndústriasCriativas: Factor Crítico de Sucesso”, promovido pelo Fórum Portucalense e a Associação Portuguesa de Gestão Cultural (APGC), com o apoio da EVCOM/CultDigest, AMCreative Consulting e Café Concerto Rivoli.

Na sombra, esta iniciativa tem o objectivo de dinamizar a discussão sobre a importância da capacidade de assimilação de todas as formas de criatividade humana como factor crítico de sucesso da cidade. Nesta primeira edição, o encontro (está já previsto outro para Lisboa, ainda com data a definir) contará com a participação de António Jorge Monteiro pela APGC, Bruno Carvalho (Filbox), João Pedro Serôdio (arquitecto), Joaquim Branco pela Porto Vivo- Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) e Pedro Almeida (designer/performer/músico).

Oxalá sirva para algo.
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Vamos lá Sporten! Em casa sabe melhor e era a terceira seguida para Portugal! Este Portista doente deseja que a força esteja contigo! Os "hooliganes" já não são como dantes...

terça-feira, maio 17, 2005

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Faz hoje dois anos, neste magnífico dia Atlântico, com Nortada e tudo, que cheguei de uma viagem, de 223 dias, à volta do Mundo.
Pelas belas memórias isto:

Porto. Banguecoque dos templos. Das aldeias do ópio do triângulo dourado. Da Birmânia fechada. Dos dias a navegar no majestoso Mekong às cidades tranquilas da terra dos mil elefantes. Dos templos e dos monges com perguntas às estradas sem carros. De Ho Chi Minh a Phnom Penh e daí Angkor dos templos que os kmhers, que ainda não eram vermelhos, deixaram. De Macau. Dos amigos. Das noites e do coração calmo.
Sul. Perth. Da luz. Da cor do Índico e de um deserto com pináculos à beira mar. Das songlines da terra. De outra ilha com o coração sobressaltado. Do frio e das quedas livres sobre o lago aos glaciares do sul. O maior voo e viver o mesmo dia 2 vezes e acordar em frente à praia numa ilha no meio do pacífico. Do azul do fundo do mar aos moais sem explicação. Do chegar ao continente. De um país pequeno e imenso. Dos amigos de sempre. Do deserto das flores de papel nos cemitérios. Para o Rio. Que continua lindo e continua sendo. Do morro com piscina na rua. Da língua fácil. Dos amigos de hoje e de sempre. Do sol e da vida. Buenos Aires. Da festa. Da segunda casa. Dos mais que amigos. Dos “cien barrios Porteños” e dos 4-1 à Lázio. Do regresso a casa. Ao Porto.
Não importou o destino. Importou o caminho para lá chegar.
A viagem. Uma viagem. Boa viagem.


Algum dia, mais cedo que tarde, repito a dose. Desta vez para Este, seguindo o Sol.
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O Hugo... também conhecido como Mr. X-Bold, já é pai. Mais novidades já a seguir.

segunda-feira, maio 16, 2005

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Hoje dei conselhos de viagens a três pessoas amigas. Duas meninas que vão para a Austrália e um bom amigo que vai para Marrocos. Claramente, eu devia ter tarifa de agente de viagens, na compra das mesmas.
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A ler, aqui, sobre a nojeira que é o caso dos sobreiros.
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E veremos como Portugal reage às Desperate Housewives. Já a partir de Maio.
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The real villains of football's rot are the short-sighted and intellectually limited executives at the Football Association. Notorious for their blazers, passion for freebies and parochial outlook, the executives and members of the FA are amateurs, stubbornly loth to reform themselves. Unwilling to prevent corruption among agents, remove conflicts of interest among club owners and cure indiscipline among players, they have exposed themselves as worse than impotent.
Tom Bower, The Guardian.

Mais aqui, sobre futebol, dinheiro, patos bravos e poucas vergonhas.

sexta-feira, maio 13, 2005

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O golo contra o Sporting em 2003; o golo mágico em Old Trafford que vi, ainda narcotizado, depois de sair do bloco operatório; o golo contra a Lazio; os dois contra o OL; a raça; a segurança de saber que os dois melhores estavam ali; um ministro e um menino que só sabiam ganhar.
Costinha e Maniche, obrigado pelas horas de alegria, de glória e de puro prazer que me deram. Obrigado por me fazerem continuamente feliz e orgulhoso, durante dois anos. Obrigado e a melhor das sortes.

quinta-feira, maio 12, 2005

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Mais uma razão (se falta fizesse), para passar por Barcelona.
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Uma notícia, cortesia do Andrew, sobre o desafio feito pelo Sub-Comandante Marcos ao Inter de Milão. Interessante, muito interessante.

quarta-feira, maio 11, 2005

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O Ivo Ferreira está livre. O pesadelo acabou. Sem moralismos, sem sangue e sem notícias bombásticas. Os comentários iluminados sobre justiça alheia dispensam-se. O Ivo é que esteve lá preso 35 dias e 35 noites. E agora está livre e ainda bem. Só isso. E isso já é tudo.
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Postprandial treat ou falar de um livro, ao mesmo tempo que o Fora do Mundo.

terça-feira, maio 10, 2005

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Uma pérola perdida entre o mar da blogosfera. Esta entrevista de Francisco José Viegas a Milton Hatoum. Beirute, Manaus, S. Paulo... e ainda Paris, Madrid e Barcelona.
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White men can't jump ou Steve Nash nomeado MVP da temporada pela NBA.

segunda-feira, maio 09, 2005

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Três semanas durou o estado de graça do novo papa.

domingo, maio 08, 2005

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Mais um post mítico no Fora do Mundo. Do Pedro Mexia, pois claro.

Casual
«Casual sex» significa «sexo sem compromisso». E não «sexo casual», como aparece traduzido na televisão. Um tipo vai ao IKEA e encontra um colega do liceu por casualidade. Mas não aparecemos casualmente dentro da menina Rita. [P.M.]
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Apesar de um pouco longo, vale a pena ler este artigo do Guardian, sobre racismo e futebol.
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Parabéns ao Abrupto e ao José Pacheco Pereira pelos 2 anos de vida, de um dos ecrãs de referência da blogosfera.

quinta-feira, maio 05, 2005



Chegada ao Porto e logo recebido por estas noites de Maio, já com cheiro a Verão e uma fim de tarde lindíssimo. e sim, é sempre bom chegar.


Por que é que os Autechre, se ouvem melhor com uma parede pelo meio, deitado na relva de um club romano?


A data de hoje é 05.05.05. It's rocks!

Recomendações de leitura:

"Longe de Manaus", de Francisco José Viegas
Sobre Portugal, ou um Portugal que só existe na memória. Viagens entre Manaus, Luanda e Bissau, com O detective Jaime Ramos nos comandos

"Enduring Love", de Ian McEwan.
Provavelmente o melhor início de narrativa com que me cruzei nos últimos anos.

Os dois muito bons e muito diferentes. A ler, seguidos, de preferência.

terça-feira, maio 03, 2005

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O Capitao Salgueiro Maia era um tipo decente entre os mais. Foi um heroi pelo que fez e pelo que nao quis fazer depois. Morreu. Nao ha t-shirts nem bandeiras com a sua cara. Segue aqui em cima, a minha homenagem, ainda que tardia, ao 25 de Abril de 1974 e ao seu maior heroi. Obrigado tambem aos meus pais, por me continuarem a ensinar a Liberdade.


O Ivo está preso no Dubai. O Ivo estava a trabalhar e, ao mesmo tempo, a negociar fundos para fazer um documentário, sobre a cultura islâmica. Ele e um grande amigo (meu também… e muito!), tiveram a ideia de fazer um documentário que mostrasse, um lado diferente do Islão. Eu pensava juntar-me a eles, mais tarde, e, porventura, ajudar.
O Ivo foi preso por uma série de infelizes coincidências. Acreditem se quiserem.
Sim, já sei que o Islão tem leis rigorosas, mas isto não é uma fuga aos impostos nem uma multa de estacionamento. Poupem-me, por favor e se conseguirem, as moralidades e as visões paternalistas.
Só esta vez, façam-me este favor: Assinem a petição do Ivo.
Fico-vos a dever esta. Paz.

segunda-feira, maio 02, 2005



Um belo post:

"O nosso lado

Sou do Benfica. Sócio e tudo. Mas isso não impede que fique incomodado quando percebo que o Benfica é favorecido pelos árbitros. Eu quero que o Benfica ganhe, mas que ganhe porque merece, e não por causa de erros e trafulhices.

Claro que os benfiquistas não admitem que se escreva isto. Um benfiquista que escreva isto, dizem, «não é realmente do Benfica».

Conheço bem esse processo. Alguns católicos e direitistas também garantem que eu não sou realmente católico e que não sou realmente de direita. Porquê? Porque não me coíbo de criticar o nosso lado. Ora, segundo me explicam, nunca se deve criticar o nosso lado."

Pedro Mexia, no Foradomundo.